General Info
A pesquisa mapeia as adaptações nas vendas de microempreendimentos culinários na cidade do Rio de Janeiro, geridos por famílias de origem venezuelana desde antes e durante a pandemia da COVID-19. A pandemia atinge o Brasil em março de 2020, junto a recomendação global de recolhimento. Com isso, a frase “fique em casa” se torna o lema da prevenção do contágio ao vírus. Neste período inicial, a produção de renda informal, possibilitada pela circulação da população na cidade, demanda uma renovação entre os seus mediadores centrais. A internet e, principalmente, as mídias sociais, se tornam as principais plataformas de engajamento para o consumo entre os usuários em rede, causando novas possibilidades e riscos nas relações de venda. Por isso, o projeto desenvolve mapeamentos qualitativos sobre como a chegada da culinária venezuelana no Rio de Janeiro colabora para o acolhimento de nativos e para produção de novos imaginários sobre o país. Esse é, e tem sido, um processo totalmente mediado por interações em espaços híbridos (ambiente digital e feiras de rua). Para isso, essa pesquisa converge metodologias de observação no ambiente digital e no circuito da Junta Local, feiras que contam com a presença da Comida Típica Venezuelana e do Comida Chévere. O mapeamento de circuitos de apoio e discursos de agências humanitárias e do terceiro setor também é parte da compreensão desse processo.