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A pesquisa aborda as representações e práticas de equipes multiprofissionais e usuárias de duas Clínicas da Família (CF) acerca do procedimento de esterilização feminina, regulamentado no país em 1996. O objetivo deste trabalho é analisar as narrativas de médicos, enfermeiros e usuárias no que diz respeito ao planejamento familiar, sobretudo à laqueadura, a partir das concepções que possuem sobre a gravidez e as questões de gênero, como o uso da contracepção e a posição da mulher no casamento e nas famílias das classes populares. Para compreender a dinâmica dessas relações foi realizada uma pesquisa qualitativa, a partir de entrevistas em profundidade com médicos, enfermeiros, agentes comunitários e usuárias, assim como a observação participante nas consultas e nas visitas domiciliares das duas clínicas. Diante disso, o trabalho evidenciou que as escolhas contraceptivas das mulheres se relacionam com suas trajetórias de vida, trilhadas em um campo de possibilidades que englobam sua visão de gênero, maternidade e planejamento familiar.

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