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A discussão proposta nessa tese possui como tema mais amplo a relação entre teoria e história, relação essa que se mostra presente em diversos trabalhos da sociologia brasileira, como é o caso daqueles vinculados à chamada “escola sociológica paulista”, grupo que possui como centro o sociólogo Florestan Fernandes e seus assistentes. Mais precisamente, tomamos como objeto de estudo o processo de constituição de uma perspectiva sociológica histórico-comparada por parte de Fernando Henrique Cardoso, concedendo ênfase à forma pela qual o sociólogo articula a teoria, a história e a comparação ao longo de seus trabalhos produzidos nas décadas de 1960-1970, período no qual formaliza suas principais reflexões sobre o Brasil e a América Latina. A hipótese discutida é a de que a mobilização de uma perspectiva histórico-comparada, por parte de Cardoso, parece ter desempenhado papel fundamental em seus trabalhos, permitindo-lhe uma visão mais matizada e sofisticada das relações existentes entre teoria e história em sua obra. Deste modo, tomando a produção intelectual de Cardoso como ponto de vista e levando em conta, como aqui propomos, a sua inserção em diferentes contextos cognitivos, talvez possamos começar a relativizar as versões canônicas sobre o nascimento da sociologia histórica.

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