Esta tese buscou abordar os desafios que gestores e pesquisas atravessam para formular uma agenda pública de redução de homicídios, a partir do desenvolvimento da noção de segurança pública, das ferramentas teóricas acerca da ação pública, das políticas públicas e das experiências de políticas de enfrentamento aos homicídios dos Governos Estaduais e do Governo Federal. Para tanto, foram realizadas quarenta e quatro entrevistas semi-estruturadas com gestores e pesquisadores da área de segurança pública sobre segurança pública, homicídios e políticas públicas. A permanência da violência letal e falta de ações públicas que efetivamente reduzam as altas taxas de homicídios no país possuem diversos fatores. Pudemos concluir que o desenho federativo da área da segurança pública, a falta de estudos avaliativos sobre as políticas de segurança pública, a reprodução da desigualdade social e racial no Brasil e as disputas entre visões acerca da segurança pública são alguns dos motivos determinantes para a ausência de políticas concretas. No caso específico do PNRH, a luta pela manutenção do poder também foi fator determinante para o fracasso de sua formulação