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Essa tese aborda a construção de um patrimônio patrimonialista. Para desenvolver minha análise identifico o padrão que orientava as relações sociais em Pompéu/MG e como ele foi quebrado, produzindo uma instabilidade no arranjo social local. A ação para superar esse quadro constituiu-se na patrimonialização de elementos do universo de Joaquina do Pompéu, fazendeira que viveu na região entre os séculos XVIII e XIX. O grupo local, autoidentificado como “descendentes de Joaquina do Pompéu”, responsável pela política municipal de proteção do patrimônio, conduziu os processos de patrimonialização segundo interesses particulares, portanto, produziram um patrimônio nos limites de uma rede de parentes. O patrimônio, nesse contexto, foi construído com base no princípio monumental, no qual o passado é superior e orienta a construção do presente e do futuro. Em oposição a esse grupo estão os que não são reconhecidos como parentes de Joaquina, questionando a ação patrimonial e reivindicando o reconhecimento das suas referências culturais como patrimônios. Para eles, o presente é superior ao passado, que é sempre relativo e uma referência a ser pragmaticamente utilizada. Dentro desses dois registros estão concepções de história e de sociedade que se contrapõem em seus objetivos de permanência e transformação da estrutura social de Pompéu.

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