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Esta pesquisa tem como objetivo analisar a abordagem do envelhecimento na Medicina Anti-aging a partir da sua emergência e desenvolvimento no Brasil. O estudo visa a contribuir para uma análise antropológica do envelhecimento, principalmente na sociedade brasileira, considerando a perspectiva biomédica como elemento constitutivo das representações e das condições de vivência desse processo. De acordo com os princípios da Teoria Ator-Rede (TAR), a tese destaca as controvérsias científicas e éticas e as relações de conflito envolvidas na trajetória de organização institucional e legitimação das práticas anti-aging. O Conselho Federal de Medicina (CFM), como polo de oposição, e a Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento (ABMAE), como polo promotor da abordagem anti-aging, são considerados instâncias de referência neste debate, a partir das quais são identificados valores presentes no atual cenário brasileiro, os principais atores e os processos de associação que dão forma à Medicina Anti-aging. Discutem-se as rupturas e continuidades da Medicina Anti-aging em relação à perspectiva geriátrica/gerontológica hegemônica do modelo biomédico, sobretudo no âmbito da proposição de uma medicina holística e preventiva. Considerando o paradigma do envelhecimento ativo e a perspectiva dos pacientes adeptos dos tratamentos anti-aging, a tese aponta os principais fatores que dão sentido a essas práticas e a influência que esse viés tem na forma como o envelhecimento vem sendo pensado e vivenciado na contemporaneidade.

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