O projeto investiga as concepções de infância que permeavam o projeto de nação do modernista Mário de Andrade, e vice-versa. Para tal, toma como enfoque os Parques Infantis implementados quando de sua gestão no Departamento de Cultura de São Paulo, de 1935 a 1938. Estes complementavam criticamente a formação escolar, tendo como diretrizes a promoção de jogos e brincadeiras tradicionais, a educação através da arte e do lúdico, a primazia de áreas abertas de modo a garantir o exercício físico e mesmo o direito a brincar e ser criança - para um público, no caso, de baixa renda. Tinham por característica, também, “estudos folclóricos” que tomavam os frequentadores como objeto de pesquisa - iniciativa promovida pela Sociedade de Etnografia e Folclore, que também tinha Mário de Andrade como um dos principais colaboradores.