A presente dissertação analisa e discute o processo da presença feminina, centralizada na figura das lideranças e gestoras, dentro do grupo do Boi da Floresta que pertence ao complexo cultural do Bumba meu Boi maranhense. Busco evidenciar o processo de gestão de Nadir Cruz, viúva do mestre Apolônio Melônio que foi o fundador do Boi da Floresta do sotaque da baixada maranhense e as atividades desenvolvidas pelo grupo a partir da produção das lives do Boi da Floresta focalizadas na Mestra Nadir Cruz e de sua filha, Talyene Melônio. A partir desse “emaranhado” de lives é desenvolvida uma etnografia na qual são desdobradas questões em torno dessa presença feminina e suas articulações nos âmbitos culturais, sociais, políticos e econômicos.