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A pesquisa busca analisar as formas pelas quais a classe trabalhadora brasileira, em especial no Rio de Janeiro, para além do trabalho e de sua vida cotidiana, têm usado as plataformas digitais em termos de sua organização e mobilização. Visa-se identificar limites e possibilidades desse uso, bem como os desafios por ele trazidos. Apesar de, nos últimos tempos, a utilização de plataformas digitais aparecer de forma cada vez mais frequente na vida cotidiana de sindicatos, associações e coletivos de trabalhadores/as, a nosso ver esse ponto precisa de mais investigação e debate em termos da literatura sobre o mundo do trabalho no Brasil, sobretudo no que tange à mobilização de trabalhadores/as. A pesquisa, com recorte em entidades sindicais e coletivos de trabalhadores/as de setores específicos, lança mão de metodologia qualitativa e quantitativa. A primeira, baseada no acompanhamento e análise de postagens nas páginas e perfis nas plataformas digitais (Facebook, Twitter e Instagram) e grupos de Whatsapp de sindicatos, associações, coletivos independentes de trabalhadores/as e membros de categorias com perfis na internet. Matérias jornalísticas nas TVs e nas mídias em geral, músicas, artes gráficas, produção de documentários etc postados servirão também como fonte de nossa análise. A segunda, com a utilização de ferramentas métricas específicas que auxiliarão a quantificar, por exemplo, palavras-chave, em termos de sua presença e recorrência em postagens. Diferentemente da internet 1.0, a 2.0 tem tido uso mais disseminado entre parcelas significativas da classe trabalhadora, abrindo possibilidades, limites e desafios em termos de construção de identidade, engajamento e ativismo..

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