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O projeto inscreve-se no campo mais amplo da Antropologia do Estado, e tem como tema específico o fenômeno burocrático e a relação entre legalidades, formalidades e moralidades. Pretende analisar possíveis articulações, tensões e complementaridades entre legalidades, formalidades e moralidades acionadas em instituições que lidam com casos de desaparecimento de crianças e adolescentes no estado do Rio de janeiro. A análise será realizada a partir de etnografia que terá como foco central um serviço público de assistência social especializado na temática e se estenderá a outras instituições que venham a lidar com casos lá cadastrados, como delegacias de polícia, conselhos tutelares e institutos médico-legais. Por meio da etnografia, pretende refletir sobre as formas através das quais casos de desaparecimento tornam-se objeto de administração institucional no estado, analisando os procedimentos burocráticos adotados no SOS e nas demais instituições a serem pesquisadas de modo a compreender em que medida as legalidades e formalidades em que se baseiam articulam-se, ajustam-se ou se contrapõem a moralidades específicas em torno tanto da "criança desaparecida", quanto da "família da criança desaparecida". Ademais, pretende identificar os eventuais conflitos estabelecidos entre os servidores que atuam nessas instituições e as famílias de desaparecidos que a elas recorrem e, finalmente, em que medida a eventual repercussão pública de alguns dos casos incide sobre sua administração institucional. Pesquisa financiada pela bolsa Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ) com vigência de 2018 a 2022..

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