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A questão do trabalho permanece como elemento fundamental de qualquer discussão sobre o desenvolvimento de uma sociedade capitalista articulada globalmente. Mudanças significativas nos processos produtivos, ocorridos nos últimos 40 anos, afetaram o perfil dos trabalhadores, fragilizaram os laços de emprego e intimidaram seus órgãos de representação. Legislações de proteção laboral foram sendo gradativamente reconfiguradas em função das demandas corporativas e estatais por flexibilidade como eixo das estratégias de gestão. A expansão do alcance geográfico das atividades empresariais e a reconfiguração organizacional da produção reduziram a eficácia dos recursos acionados pelos trabalhadores.Em termos teóricos, este projeto pretende fazer o balanço de uma literatura que identifica sinais de resistência e potencial de contestação e confronto político nas mais variadas escalas (global, nacional e local) e aposta na possibilidade de construção de novos recursos de poder por parte dos trabalhadores e de seus sindicatos. Pretende discutir, do ponto de vista de quem vive do trabalho, a capacidade política de reconstruir mecanismos de resistência, de articulação e de solidariedade; e identificar a premência em internacionalizar estratégias que exigem algo mais do que práticas tradicionais de organizações sindicais burocratizadas e verticalizadas, estimulando níveis de atuação mais horizontalizados e em rede.O exemplo de dois distritos industriais brasileiros, voltados para a produção automotiva, e contando com a presença de corporações transnacionais, Sul Fluminense e ABC paulista, servirá de base empírica problematizando a intervenção de grandes empresas sobre esses territórios e, sobre as relações de trabalho; e buscando identificar novas demandas e novas formas de ação sindical..

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