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Este artigo analisa um modelo de pensar e organizar a segurança pública – que venho chamando de gerencial-militarizado –, e um grande sistema tecnológico construído para os megaeventos esportivos do Rio de Janeiro. Com base em uma “perspectiva sociotécnica”, a construção do sistema integrado de comando e controle é analisada como uma estratégia para produzir e estabilizar relações entre diferentes agentes e instituições que acabam por reunir elementos do novo urbanismo militar e do New Public Management, bem como estratégias de benchmarking. Esse arranjo acabou aprofundado com a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, de fevereiro a dezembro de 2018.