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Este livro compõe perspectivas em debate sobre o polêmico filme em que o personagem central é um latifundiário nordestino com grande poder político na sociedade brasileira. O mandonismo exercido pelo protagonista Theodorico é revelado pelo sociólogo Alexandre Werneck através da ideia de “semiologia crítica”. Além do uso que faz de Roland Barthes, o Werneck analisa a fita e o contexto do programa televisivo como caminho para uma profunda referência a Max Weber. Por sua vez, o cineasta Marcelo Pedroso, com base em sua ideia de “filmar o inimigo”, destaca Theodorico, o imperador do sertão como sendo o único trabalho da filmografia de Coutinho a operar o que qualifica como “regime de adversidade”, em que o diretor cria uma relação de antagonismo com seu personagem. Pedroso destaca também questões que abordam a trajetória do documentarista, seu método de ética e de filmagem, até problemas sociais brasileiros, como o coronelismo.

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