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Este artigo é a segunda parte de nossa discussão sobre a “política da consideração” proposta por José Kelly e Marcos Matos, e sua relação com as nossas teorias da maestria. Na primeira parte, publicada no número anterior deste periódico, analisamos as premissas dos autores e reinterpretamos os dados etnográficos nos quais estas se sustentam. Nesta segunda parte, reivindicamos o lugar central dos esquemas relacionais da maestria na etnologia indígena, e traçamos sua pertinência em diferentes contextos etnográficos. Em seguida, nós nos voltamos para a região do médio Juruá-Purus e dos povos Arawá e Katukina que habitam a região para oferecer uma análise diferente da suposta ‘alternância’ e ‘mutualidade’ que vigorariam na região segundo a ótica da política da consideração. Por fim, refletimos sobre a importância política da figura do ‘mestre’ ou ‘dono’ nas relações dos povos indígenas com os Estados-nações em que vivem.