O objeto central desta tese é examinar se, como e por que uma política de transferência de renda produz, de modo não intencional, efeitos distintivos entre "pobres". Para tanto, tomamos como exemplo o Programa Bolsa Família implementado de forma descentralizada no Município de Itaboraí - periferia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Especificamente, nosso trabalho de campo teve como locus o bairro de Nova Cidade, onde realizamos observação participante e entrevistas com diversos atores: famílias beneficiárias, famílias não beneficiárias, agentes de saúde, assistentes sociais, professores, comerciantes e responsáveis pelo Programa Bolsa Família do Município.